Jornal Mais Off Road - Edicao N. 176 - Fevereiro 2019

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E-Mail: 8 Fevereiro - 2019 JORNAL MAIS OFF ROAD
Dia 25 de janeiro de
2019. Data que infeliz-
mente não será esqueci-
da pelos brasileiros, data
marcada pela catástrofe
da barragem que estourou
na cidade de Brumadinho/
MG e trouxe lama, caos e
dezenas de mortes.
No meio de toda tor-
menta, um grupo de jipei-
ros se reuniu para tentar
auxiliar as buscas de sobre-
viventes no meio de tanta
lama. O amigo Mirim, e
mais um comboio, logo
que soube do caos entra-
ram por terra pelos cami-
nhos conhecidos levando
aparatos e prontos para au-
xiliar. O que se viu foram
imagens tensas. “Vimos
sobreviventes, mas tam-
bém vimos muitos corpos
beirando a margem, além
de toda destruição. Uma
Grupo de jipeiros une forças
para ajudar Brumadinho/MG
cena muito triste”, disse
Mirim.
Já no local conseguiram
ajudar de alguma forma e
viram as equipes de bom-
beiros, aérea e terrestre,
chegarem ao local para re-
alizar os devidos trabalhos.
O grupo deixou os jipes e
entraram mata a dentro a
pé. Porém, já a noite, os
bombeiros fizeram a retira-
da dos ajudantes já que ha-
via risco de outra barragem
estourar.
Já no posto de coman-
do, os amigos se reuniram
com outros 100 jeeps que
mapearam a região, ten-
tando procurar lugares que
ainda poderia haver alguma
chance de vida. Porém, a
presença de voluntários foi
proibida pelas autoridades
e grandes barreiras foram
montadas.
“Eu conhecia um ou-
tro caminho que também
daria por um outro lado
para chegar no local da ex-
plosão da barragem, mas a
polícia nos retirou e ainda
encontrei um outro grupo
de 20 veículos que também
ficaram impossibilitados
de ajudar.”
Outra cena marcante
foi assistir ao rio Parope-
ba ser represado, tamanho
o volume de lama e rejei-
tos despejados pela bar-
ragem. “Quando criança
sempre nadava no rio,
com água limpa, e agora
ele secou. Havia muitos
peixes se debatendo e que
tiveram que ser retirados
pelos moradores. Além
de ver muitos animais se-
rem abatidos, já que não
havia chance de serem
retirados, sobretudo os de
grande porte”, finalizou
Mirim.
Caos e solidariedade na catástrofe mineira