Jornal Mais Off Road - Edicao N. 165- Março 2018

E-Mail: Jornal@maisoffroad.com 14 Março - 2018 JORNAL MAIS OFF ROAD E p ac e n q v m su ev x re v u p d 0 n re co ca v M d m ta m to cr te M p tr m v d p q o ca d T u Como uma das ações de regularização das práticas Off Road dos municípios paulistas da Cuesta (Botu- catu/Pardinho/São Manuel/ Bofete) aconteceu no dia 05 de fevereiro, por iniciativa dos trilheiros de Botucatu e Pardinho, a palestra “Prá- ticas Off Roads na Cuesta & Conservação Ambiental” com o objetivo de reconhe- cimento e entendimento da importância ecológica e fragilidades ambientais da região. O encontro foi dividi- do em três partes, sendo a primeira um breve con- texto de desenvolvimento econômico e turístico da região (visibilidade do mu- nicípio, empregabilidade, rede e cadeia de serviços de apoio para o segmento turístico), a segunda parte abordou a questão ambien- tal (conceitos ecológicos: relevo cuesta e sua arqui- tetura, rochas areníticas e basálticas, bacia e rede hi- drográfica, ciclo da água, sistema aquífero guarani e sua recarga / conceitos téc- nicos-ambientais: unidade de conservação, APA, APP e processos erosivos sulcos e voçorocas), e por último gestão e planejamento de trilhas (respeito à proprie- dade privada, impacto de vizinhança, respeito às leis de trânsito e guia de boas condutas dos condutores Práticas Off Road e Conservação Ambiental: união pelo bem comum Off Roads na Cuesta). A questão ambiental foi através do Projeto ASA, Aracatu na Sala de Aula, uma proposta pedagógica de Educação Socioambien- tal e Turística da AAVA, Associação dos Amigos do Vale do Aracatu, por Filli- pe Martins. “A noite de segunda- feira foi a concretização do primeiro passo de regulari- zação das práticas, unimos conhecimento técnico eco- lógico-ambiental, econô- mico e respeito individual, coletivo e de terceiros. Foi uma grande troca e enten- dimentos e, o mais impor- tante, partiu dos trilheiros a ação. Acredito que essa será a primeira de inúme- ras palestras, encontros de conscientização ambien- tal, respeito a propriedade privada e minimização de impactos de vizinhança. E digo mais, no final do mês de fevereiro vamos realizar o primeiro mini-curso de noções de primeiros socor- ros em áreas naturais e bri- gada de incêndio para tri- lheiros”, comentou Patrícia Shimabuku, interlocutora e representante dos trilheiros da região. Meio Ambiente e o off roader Patrícia Shimabuku, farmacêutica industrial, professora de Educação Profissional do SENAC unidade Botucatu/SP, co- criadora do Programa de Educação Ambiental Vi- vencial da AAVA, integran- te do Grupo Aventureiros do Túnel e ativista socio- ambiental, vê no Off Road algo muito maior que um esporte, uma diversão ou um lazer. A socioambientalis- ta enxerga a importância deste grupo na conscienti- zação da proteção ao Meio Ambiente e sabe que os off roaders não são inimigos da natureza, muito pelo contrário. “Não podemos ser radicais e condenar todo o grupo por desvios de condutas de uma parce- la, independente da classi- ficação do passivo ambien- tal. É de suma importância realizar a prática Off Road de maneira organizada, identificada, responsável e sustentável, para que os impactos ambientais sejam minimizados ou até mesmo eliminados. Uma análise das trilhas utilizadas por uma comissão técnica, a cada seis meses, poderá ser uma ferramenta de mo- nitoramento dos impactos ambientais”, argumenta. Dito isso, Patricia vi- sualiza que os aventurei- ros podem ser os verda- deiros guardiões do meio em que realizam as trilhas e passeios. “Durante a re- alização das trilhas eles observam e auxiliam em inúmeros problemas, como resgate de animais, retirada de árvores tombadas, res- gate de moradores ilhados em períodos de chuvas. Um diálogo entre os off roaders das diversas modalidades, poder público, entidades reguladoras e protetoras do ambiente se faz mais do que necessário”, define. Ensinamentos precisam ser divulgados

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